Eu poderia tratar esses jogos individualmente, mas é praticamente impossível pra mim separar essas três obras primas do mundo do entretenimento. Pode parecer que estou forçando um pouco a barra, falando dos jogos dessa maneira, mas a verdade é que sou suspeita pra falar dessa franquia e em especial destes três jogos, que são os meus preferidos no mundo.
Se você nunca jogou nenhum Donkey Kong Country, a primeira coisa a informar que apesar de eu achar que eles merecem MUITO um remake, eles não envelheceram mal. Frutos de uma baita revolução gráfica da Rare, com personagens e cenário pré-renderizados em 3D em plena era 16bits, os jogos continuam sendo bonitos, mesmo nas telas de ultra definição atuais e não causam desconforto como alguns jogos da geração.Donkey Kong Country (1994)
O resultado de toda essa ousadia foi um jogo plataforma, com um trilha sonora incrível, fases que são uma delícia - as fases de carrinho de mina tem meu coração pra sempre, tiradas divertidíssimas - a começar pela abertura do jogo, com choque de gerações entre o Cranky e Donkey Kong, personagens novos muito carismáticos e um nível de dificuldade gostoso demais, divididas em 40 fases. Foi um sucesso.
Donkey Kong Country 2: Diddy’s Kong Quest (1995)
Fizeram um jogo maior, com 47 níveis divididos em 8 mapas, mais personagens e uma trilha sonora ainda mais inovadora. Apresentava novas mecânicas de jogabilidade, como a habilidade da Dixie de girar o cabelo para dar uma leve voadinha. Esse jogo tende a ser o favorito da maioria dos fãs da trilogia original e quase impossível elencar uma fase que eu goste mais, então vou destacar as do carrinho de mina (sempre, entendem, sempre) e a “Hornet Hole”, que são lindas de mais.
Mais uma vez, sucesso de venda e de críticas, tanto que hoje, 25 anos depois é possível ver vários projetos que reconstroem fases do jogo em HD e não tem como não babar pela possibilidade disso se tornar real.
Donkey Kong Country 3: Dixie’s Kong Double Trouble (1996)
A dupla de protagonistas não fez tanto sucesso desta vez, mesmo que a Dixie tenta tido uma grande aceitação em Donkey Kong Country 2, seu parceiro, Kiddy, não agradou tanto. Mas advirto que ver ele batendo as mãozinhas e os pezinhos no chão, irado, quando morre, é extremamente divertido.
O que mais vale a pena neste jogo é a exploração, negociar com os ursos, juntar itens perdidos, achar cavernas, mas o meu destaque de fase absurda vai para “Riverside Race”, no segundo mundo.
Possibilidade Real
Já houve alguns rumores sobre um possível lançamento de uma coletânea totalmente refeita destes jogos para o Nintendo Switch, nos moldes do que foi feito com Spyro e Crash Bandicoot, mas essa não é uma coisa fácil de acontecer. Atualmente a Rare pertence a Microsoft e apesar do bom relacionamento que ela tem com a Nintendo, que inclusive possibilitou a participação do King K. Roll, vilão da trilogia original cujos direitos intelectuais são da Rare, em Super Smash Bros. Ultimate (Nintendo Switch) é um cenário complicado empresas que concorrem no mesmo mercado.Mas para os fãs mais nostálgicos é impossível não sonhar, ainda mais depois de ver o excelente trabalho que a Retro Studios fez ao criar Donkey Kong Country Returns (Wii e 3DS) e Donkey Kong Country Tropical Freeze (Wii U e Nintendo Switch), jogos que são excelentes continuações.
Por fim, deixo aqui a minha recomendação desse jogo lindo, vale a pena tirar a poeira do seu SNES antigão ou jogar no SNES mini, se você é mais moderninho. Pode dar um pouquinho de raiva em alguns momentos, mas é recompensador demais.